Apesar de ter participado na concepção do projecto da Homeland não acompanhei a sua construção. Não amassei a terra, não carreguei tijolos, não pisei, não compactei. Os meus companheiros Eduardo e Luís foram quem deu o corpo ao manifesto na liderança desta construção. Eles, e todas as outras pessoas amigas que se viram de maço na mão e manchadas de barro, são os responsáveis mais directos pela edificação da Homeland. Eu assisti a todo o processo através das imagens publicadas neste blog até que, no passado dia 16 de Setembro, fui até ao Minho (fomos é mais correcto já que foram cinco os pares de pés que pisaram a Homeland).
O que me apetece dizer é que a Homeland é o nosso melhor projecto.
É cru e metafórico ao nível dum Beuys! As camadas de terra e alcatrão rompidas pelas plantas que insistem em viver naquele ecossistema resultam num conjunto ‘in your face’ que, no meio de todos aqueles binómios contemporâneos lançados para reflexão (ambiente/indústria, medo/segurança, sociedade/arte, países/indivíduos), me sugere uma faculdade mais: liberdade. Talvez a Homeland seja todas estas coisas por estar na fronteira entre a arquitectura e a escultura, numa no man’s land… tão estranha, paradoxal e apelativa esta nossa Homeland!